Do Lanterninha ao Farol: a transformação da auditoria no contexto condominial

06/04/2025

Imagine a administração de um condomínio como uma longa estrada. Nessa estrada, o síndico dirige o veículo — responsável por conduzir o condomínio com segurança até seus objetivos. A auditoria, por sua vez, pode assumir dois papéis distintos: o de lanterninha que ilumina apenas o que está ao redor dos pneus, mostrando buracos e obstáculos imediatos; ou o de farol alto, que ilumina mais à frente, ajudando o motorista a antecipar curvas perigosas, animais na pista ou trechos escorregadios.

Essa é a diferença essencial entre a auditoria tradicional e a Auditoria Baseada em Riscos (ABR) no contexto condominial.

A auditoria tradicional, ou convencional, é como o lanterninha: foca no passado e no presente imediato. Avalia se os procedimentos foram seguidos, se os comprovantes de pagamento estão certos, se houve desvio de conduta. É um olhar importante, mas limitado — muitas vezes, só mostra os problemas depois que eles já aconteceram.

Já a Auditoria Baseada em Riscos é como o farol alto: olha para a frente, analisa os riscos que podem comprometer a saúde financeira, jurídica e operacional do condomínio. Avalia, por exemplo, se o síndico está tomando decisões que expõem o condomínio a passivos trabalhistas, a multas administrativas ou a inadimplência crescente. Seu objetivo não é apenas apontar o que foi feito de errado, mas contribuir para que o erro nem chegue a acontecer.

A ABR entende que não basta perguntar "o pagamento foi feito corretamente?", mas sim "essa despesa foi bem planejada? Está alinhada com os objetivos do condomínio? Há controles suficientes para evitar excessos ou fraudes?"

Essa abordagem fortalece a governança condominial, promove um relacionamento mais saudável entre o auditor e o síndico e transforma a auditoria em uma ferramenta de gestão, e não apenas de fiscalização 

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