O que é governança condominial?

15/03/2021

A governança condominial traz ínsita a ideia de 'compatibilização de interesses', que se materializa através da elaboração de um plano de ação, assegurando que o comportamento e as decisões tomadas pelo síndico estejam em consonância com os interesses da sociedade condominial.

E como adequar esse novo conceito ao dia a dia dos condomínios?

O primeiro passo para um planejamento eficaz, é a conscientização da coletividade acerca da necessidade de uma gestão colaborativa de todos os condôminos na detecção das prioridades, na sua adequação à previsão orçamentária e na capacidade de investimento passível de ser realizada pelo condomínio. Uma expressão chave para se alcançar a eficiência é o comprometimento coletivo.

O que se observa, com frequência, contudo, é uma baixíssima adesão dos condôminos às convocações para participação nas assembleias, comissões ou mesmo para uma simples discussão informal acerca de determinado tema de interesse geral. Esse desinteresse faz com que a vontade de uma minoria ativa, se sobreponha à vontade de uma maioria omissa.

O segundo passo para um planejamento eficaz é a manutenção de uma convenção de condomínio atualizada. Sabemos que as convenções anteriores ao Código Civil de 2002, continuam vigentes e são válidas naquilo que não contrariarem a lei civil. Contudo, convenções obsoletas podem gerar insegurança nos condôminos, além de não retratarem os anseios atuais da coletividade.

O terceiro passo para um planejamento eficaz é a elaboração de um orçamento anual capaz de trazer sustentabilidade financeira ao condomínio. O orçamento, além das despesas ordinárias, deve detalhar os investimentos forçosos na edificação, sejam benfeitorias úteis ou necessárias, ou mesmo as benfeitorias voluptuárias para valorização do imóvel. Além disso, o orçamento bem elaborado auxilia na detecção de eventuais gastos excessivos ou desnecessários havidos no passado recente, na readequação de eventuais contratos de prestação de serviços e no corte de despesas, possibilitando, assim, ajustes à realidade vivenciada pelo condomínio.

O quarto passo para um planejamento eficaz é a fiscalização efetiva dos atos praticados pelo síndico no uso de dinheiro comum. Uma fiscalização ineficiente pode dar margem a gastos descontrolados, desvios financeiros e uma enorme gama de práticas prejudiciais à saúde financeira do condomínio.

Por fim, o quinto passo é a transparência na gestão, sendo um direito dos condôminos terem acesso, de forma clara e fidedigna, à situação vivenciada pelo condomínio e, um dever do síndico, munir os moradores com informações permanentes.

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